fevereiro 20, 2010

Além do que é material

É essa estrada que não leva á lugar algum
E essa mala que parece nunca aliviar as minhas dores
Rejeitado sem alma. Sem ninguém
Otário!

Eu não vou voltar lá, não depois de tudo.
Eles já secaram todas as minhas lágrimas mesmo
Então que eles fiquem com todos os meus rabiscos
Fúteis e insignificantes
Como fizeram com a felicidade
A minha felicidade!

Já não me importa
- Merda de mala –
O chão está quente como o inferno
Talvez eu já esteja lá
Talvez eu já... 

fevereiro 17, 2010

Superficial

A sensação de liberdade parece confundir nossas cabeças
É carnaval
E todo o caráter está a duvidar
Trombando confusões e falsos delírios
Algo que pareça felicidade
Algum remédio incandescente
Grandes prosas a fim de sexo fácil
Nada fora do comum

E essa alegria instantânea parece dissolver-se
A bebida e as drogas parecem um mal necessário
O suor e as mãos soltas
Parece uma grande festa de arrependimentos
A musica alta entope nossos ouvidos
Assim bloqueando nossos pensamentos.
Usurpando-nos

É carnaval!

fevereiro 14, 2010

People are strange - The Doors

As pessoas são estranhas quando você é um estranho
Os rostos ficam feios quando você está só
As mulheres são malvadas quando não lhe querem
As ruas são irregulares quando você está triste

Quando você é um estranho
Rostos se formam na chuva
Quando você é um estranho
Ninguém se lembra do seu nome
Quando você é um estranho
Quando você é um estranho
Quando você é um estranho

fevereiro 02, 2010

Acordem e progresso!

Não há uma verdade absoluta honesta
Há só algumas realidades sem sentido,
Que ainda prevalecem.
Continuamos refugiados aqui sem ordem e sem progresso
Convivendo com mentiras diárias.
A água ainda está sob nossos pulmões
Lavando toda a nossa dignidade.
Ainda há muita terra sob nossos olhos.
Privando-nos da realidade.

Aqui na rua dos desalojados
Continuamos há esperar o dia que não surgiu
Com o mesmo sentimento de ilusões passadas.
Sabendo que eles continuam cagando regras.
Sabendo que o distúrbio da corrupção ainda ecoa sem fim.
Porque nós, pobres quase sempre sem voz.
Somos indignos da burguesia que dita quem está no topo.
Então continuamos a esperar...

A esperar que agradem nosso doce palato
Com a mesma bosta indigna de sempre
Antes pão e circo, agora mel e farinha.
Pra adoçar o ânimo e socar a pança...
E na minha nova religião me resta rezar pra santa,
Santa Paciência.


Com colaboração de Manu.