março 27, 2010

Kiss now hate later

Julian era daqueles que fazia de tudo por uma boa dose
E gritava ao mundo seus arrependimentos
Recém chegado de uma outra dor
Outra puta qualquer.
E ele adorava aquela vida de bares e prostituição.
E entre suas idas e vindas
Encontrou-se só novamente
Recontando sua vida vazia
Com bitucas de cigarros quase apagados
E um meio copo
Cheios de hipocrisia e desilusão
Ecoando todo o seu passado dispensável.
O bar havia fechado.

março 15, 2010

Hasta la vitória, siempre!

Hey Mr. B.
Ainda vagas por ai entitulando-se o revolucionário?
Desejando tudo ao mesmo tempo,
Advertindo o normal e o hereditário?
Saiba que nada lhe convém.
Motins são para os tolos.
Todos que contrariaram a sociedade fizeram sua cova
E tu queres o mesmo?
Achas que estas tuas vestes e estes teus pensamentos utópicos
Vão lhe salvar?
Saibas que estais tremendamente enganado
Esta não é a saída.
Haja como um típico burguês e nada lhe acontecera
O rei, sim. És de confiança
Se quiseres arranjo um lugar ao lado do rei a ti.
Isso se te calaste e obedeceste.
Pare de agir como se estivesse sendo manipulado.
O sistema é assim: ou és com eles ou estais contra
E neste caso, o contra significa morto.
Hey Mr. B. estais a me ouvir?
MR. B?


"Declarado morto O rei. A única pista do assassino é um enorme 
B cravado nas paredes pintado com o sangue da vitima."

março 09, 2010

Apenas coisas

Antecipo a minha falta de sorte
E a grande facilidade em esquecer
Esquecer o que jamais foi dito
Jogar palavras sem sentido
Que só o fazem a mim.
E me sentir egoista por isso.
As grandes coisas foram pequenas em passados distantes
E pareceram tao insignificantes
Aos olhos de um tolo qualquer
Amaldiçoando vilarejos
Vilarejos cheios de dançarinas e bares
E ladrões, ladrões de alma
De afeto
Qualquer um diria o mesmo ao rei
Aquele que se diz o julgador
Anarquia.
Todos gritariam ao mesmo tempo
Sob novas leis.
Todos vivendo sob o mesmo céu
Vivenciando a mesma rotina
Até alguém pensar o contrario
E formaremos um motim, um grande motim
Por nenhum motivo aparente
Só pra fugir do tédio
O mesmo que tanto me acompanhara
E me tornaste um cara sem sorte.
Maldito carabet.

março 03, 2010

A nova era

Em um país onde a miséria e o descaso ditam leis
O trabalho infantil cresce
E os casos não são poucos
Alguns forçados; escravos
Outros por responsabilidade
Muitas bocas para alimentar
Poucos recursos
As falsas promessas do governo
Fizeram muita diferença pra eles
Que cresceram antecipadamente
Pais analfabetos; desempregados
O trabalho infantil lhes pareceu
Um mal necessário
Entretanto, há as enganações
As velhas armadilhas
Promessas de benfeitorias, ensino e até mesmo diversão
Transformam-se em novas lagrimas
Ruas, lavouras e industrias
Acabam sendo seus novos destinos
Na maioria das vezes irrecompensaveis
Gerando lucros para seus superiores
Sem ontem nem amanha
É a outra face do Brasil
A nua, a crua a mal desenvolvida
O resto da sociedade, a minoria excluída
O foco sempre esteve no lugar errado
Faltou planejamento,
Faltou saneamento,
Faltou educação,
Faltou sensatez
E uma melhor distribuição de renda
Talvez até a pouca informação dos pais
Paro e penso:
“Onde está aquela país democrata
Onde as oportunidades são para todos?”
Talvez seja o governo
Talvez seja...