outubro 19, 2016

Ato II

Há abismos maiores que outros, afirmava para sua própria alma.
Mas, de alguma forma, sua inquietação se destacava.
Era uma embriaguez de espirito de coisas que pareciam nunca mudar
E a ideia de torna-se imutável era um abismo muito grande para tolerar.
Descia a raspar-lhe a garganta
E apertava no peito,
Incomodando.
O oco, quase nunca notado de imediato, acompanhava seu prévio destino
E o que mais poderia servir de passagem?
Nunca foram sobre densidades, e sim, abismos
E abismos são para os fortes
E ela não era uma dessas pessoas.

Ato I

Me sorria
Despindo me sutilmente
O elo inexplicável de almas que se encontram no jogo do destino
Que tendem por decepciona-las
Com possiblidades quase nulas

Mas me sorria
E me redescobrira a sua maneira
Afastando sonhos abortados
E se reiventando em mim

Me sorri
E incita palpitações que quebram paradigmas
Esperava-o quase como se coexistíssemos
Meus frames de tempo inacessíveis
Melhores que qualquer tempo perdido
Com pessoas que adormeciam desejos passageiros

Eras tao meu
Meu
O que quer que fizesse
Era meu

Minha chave do paraiso

outubro 02, 2014

Minha pequena insignificância

A agonia
Constante agora
Se tornará tão passageira
Quanto esse afeto fraternal quase perfeito.
Meu confidente
Agora tão estranhamento inútil e indiferente.
E quanto ele significara pra mim.
E todas as minhas memorias.
Tão culpado de minhas melhores alegrias.
E isso não era o suficiente
Haviam novas regras.
E nessa corrida já não me fizera essência como outrora.
E me fatigava
Quase o tempo todo quando pensava.
E me consumia
Ver lhe escapar me entre os dedos.
E eu tão frágil
Nada podendo fazer.
Apenas fatigava-me ver suas pálpebras
Dilatadas de euforia agora,
se tornarem em um futuro breve um traço seco
por tamanha brevidade de sentimentos.
E tudo despedaçado outra vez.
E TALVEZ,
Muito talvez
Eu ainda esteja aqui
Esperando você trazer o pedaço de mim que me fora usurpado.

setembro 07, 2014

Por trás da sua lente

Pensava em você.
Quase o tempo todo em você
E anulava-me.
Seu jeito singelo e sutil
Me devorava.
No meu intimo imaginara se seus olhos alcançariam os meus.
Se teu riso seria direcionado a mim.
Invejava tua lente fria a apertar-lhe as bochechas rosadas.
E eras um enigma lindo
Um enigma que eu ansiava desvendar
Imaginara teu lábios a formular o meu nome
E a força em como isso me atingiria
Afinal, quem era você, além de um sonho meu?

maio 26, 2014

Costumaz

Amor de cúmplice hostil
Em nossa breve realidade de incógnitas
E incertezas.
Por vezes áspero
e exacerbado
Difuso
Mas para sempre meu
Reinventado
e miúdo
Mas meu
Até o próximo crepúsculo.

maio 17, 2014

Figurante principal

Ser irônico
Cômico
Vil
E
saudosista
Deixa-se levar por
pequenos detalhes
Traços insanos
e
Ilusões tipicas
Sentimentos subsistentes.
Cúmplice
Companheiro
Dono de devaneios
íntimos
e
intimidadores.
E dentro do seu casulo
ele dissimula
e se arrepende
Modifica-se
Aventura-se
Favoravelmente.
Ele tinha o mundo nas mãos.

abril 17, 2014

Todas as incógnitas

Nem sempre o silêncio cura
Nem sempre dois corações são compatíveis
Nem sempre sorrir acalmara a alma
Nem sempre ela(e) estará lá
Nem sempre os dias serão de oportunidades
Nem sempre gritar será suficiente
Nem sempre há amor
Nem sempre



fevereiro 19, 2014

Panorama Mental

Enigmático.
Cru.
Pateticamente romântico,
Poético
Saudosista.
Ridículo...
O sentimento juvenil que o mantinha vivo
Ou quase isso.
Irônico.
Lindo.
Inerente.
Suave.
Mas, não equilibrado.
O todo
A nada.

janeiro 30, 2014

O ato de não ir embora

Perguntou-lhe as horas.
Ríspida,
Respondeu: 3:25 AM.
Importava saber as horas.
Gostava de lembrar da última hora que a tivera por perto.
Amava-a.
Amava-a com tudo o que tinha.
Ela a completara e fizera sua vida mais afável,
Mesmo em dias de TPM
Rendiam-lhes risadas sem fim
E não importavam quantas vezes partissem,
Algo sempre as traria de volta
Mesmo no fim.

janeiro 07, 2014

Âmago

Ontem eu chorava
E você não estava la
Como em dias nebulosos.
Lembrei-me das longas conversas que tínhamos ao anoitecer
Palavras que não voltaram ao despertar
E que agora não surpreendem mais o meu coração
Só o faz quase sumir dentro do meu peito,
Reprimido
Dizendo-me que o tudo tornou-se nada
Novamente.