outubro 19, 2016

Ato II

Há abismos maiores que outros, afirmava para sua própria alma.
Mas, de alguma forma, sua inquietação se destacava.
Era uma embriaguez de espirito de coisas que pareciam nunca mudar
E a ideia de torna-se imutável era um abismo muito grande para tolerar.
Descia a raspar-lhe a garganta
E apertava no peito,
Incomodando.
O oco, quase nunca notado de imediato, acompanhava seu prévio destino
E o que mais poderia servir de passagem?
Nunca foram sobre densidades, e sim, abismos
E abismos são para os fortes
E ela não era uma dessas pessoas.

Ato I

Me sorria
Despindo me sutilmente
O elo inexplicável de almas que se encontram no jogo do destino
Que tendem por decepciona-las
Com possiblidades quase nulas

Mas me sorria
E me redescobrira a sua maneira
Afastando sonhos abortados
E se reiventando em mim

Me sorri
E incita palpitações que quebram paradigmas
Esperava-o quase como se coexistíssemos
Meus frames de tempo inacessíveis
Melhores que qualquer tempo perdido
Com pessoas que adormeciam desejos passageiros

Eras tao meu
Meu
O que quer que fizesse
Era meu

Minha chave do paraiso